Morrem os dias incessantemente
Morrem os dias incessantemente
Tal rito funerário hora em hora
Morre o passado, morre o agora
Fica o futuro neste vão da mente
A vida passa vã, inutilmente
Repete se a rotina a cada aurora
A primavera passa, não demora
Tornando o seu mundo diferente
A mocidade morre não perdura
Dissipando da vida a magia
A esse intenso encanto que fulgura
O tempo mata aos poucos as alegrias
Mas fica no sepulcro as desventuras
A morte não é o fim, é um novo dia