Verso augusto

Quando curar meu coração aflito

O verso augusto de uma poesia,

Eu o terei como um clarão bendito

Lambendo o breu da solidão sombria

Que me acompanha à saga de agonia

Como fizesse do meu choro um rito,

E o deixarei em meio à sacristia

Todo adornado, célebre, erudito...

Eu fico, agora, a pressupor sozinho

Que ele será um verso simplesinho,

Mas estará na mente qual gatilho.

Vem-me uma luz em duas estruturas:

"Tudo tem cura na vida, meu filho."

"Tudo na vida, filho meu, tem cura"

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 23/09/2015
Reeditado em 06/12/2016
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