Soneto da mentira
Soneto da mentira
Um dia precisei mentir
Menti para o meu coração,
Fingi que não senti
Para não chorar de decepção.
Fiz planos e acertei a vida de véspera,
Pensei que tinha acertado, mas tudo foi ilusão.
Tudo não passou de uma grande mentira,
Foi um comboio para a solidão.
Hoje, faz pose, desfile e tira fotografias.
Pendura sua paixão no varal do seu quintal,
Esquecendo, assim, que ele é um céu aberto.
Assim, como há pessoas que nos inspiram poesias,
Há pessoas nos trazem o vendaval,
Molhando, assim, a nossa alma e o nosso rosto.
Sol pereira