Balsa balsâmica

Atira-se a pedra-pomes na balsa

A balsa regurgita-a como rosa

Desta vez o crocito no tom de valsa

Duplo toque das gentes harmoniosas

É a mesma cena na beira do rochedo

Deveras, rochas no meio do caminho

Ruínas de Drummond e do placebo

De repente, ovo no papo do passarinho

Volta e meia, ascetas do deserto

Ó destino pétreo atado ao pó certo!

Nessa lupa, nesse cântaro de pedra-dura

Entrementes, juízo em mero desespero

No porão da balsa dos desmantelos

Ruminando Ovo-Gogh, orelha e rapadura

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 25/10/2015
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