Estéril
Maldigo a aspereza da tirânica morte
Na atroz condenação sem clemência
Arrancando o coração da aparência
Dos passos ao cadafalso sem sorte.
Das paixões lascivas do sexo forte
Conhece as mulheres da sua vida
Que hoje não o reconhecem na partida
E amanhã na felonia nos conforte.
Mas a dor da punhalada não trata
A agonia cruel do amor que golpeia
E fere o coração e tão logo mata.
É sentir no rosto o cuspir que retrata
O infiel logro servil de uma ingrata
Dos ósculos nada sobra só incendeia.
DR DMITRI