UM DOCE ESPINHO CHAMADO                                             SAUDADE



Saudade, saudade, doce espinho...
Que me dilacera a alma e tece,
Aos poucos delineando uma prece,
Que sobe a um Céu azul marinho.


Saudade, saudade, quando adivinho,
Noites insones, afinal  amanhece,
Vejo que minh'alma não lhe esquece,
Não adormeço sem o seu carinho...


Inútil tentar, já desisti há tempos,
Sua imagem impressa, qual tatuagem,
Já se instalou em meu coração.


Assim entristecida neste contratempo
Sigo a interminável e dura viagem...
Doce saudade: espinhos ...alucinação!


 soneto livre






 

 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 09/11/2015
Código do texto: T5443473
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