Guerra?! Soa o olifante de Roland

“A extinção do meu ser,

É preferível à infâmia ”

Relata Oliver na discussão

Entre o mesmo e Roland

Permanece a indecisão

Quatro batalhas repelidas

A quinta tornou-se devastadora

Somente 60 francos restaram

A um preço alto se venderão

“Ó rei amigo

Venha confrontar o inimigo”

O que poderemos fazer?

Como o rei trazer?

Percebendo o erro toca o olifante

Nesse mesmo instante embora ofegante

O traidor ensurdecido

Ensurdece o ouvido do inimigo

O rei escutará o eco

Que atravessou as montanhas

“É guerra” diz as regras

Na boca escorre sangue

De quem tocou o olifante

Para Roland restará

Apenas almejar

Que o Rei retorne com a legião

Daquela infeliz missão

“Eu sei que os francos retornarão”

Se o sonido forte é

Chegara até

Aonde o vácuo atua

No refúgio da lua

Em outra constelação

O importante é

Eles virão?

Enquanto isso

Cruzando as montanhas

Em outro compromisso

Mirando as trevas

O sonido se alastra

Ele cobre, ele emplasta.

Só se ouve o olifante

"Só é tocado em combate

Ou seria fatuidade?! "

"De Roland caberia o segundo

Pois ninguém nesse mundo

O atacaria "

Dando enfim continuidade

A caminhar com agilidade

Novamente, já esmorecido.

Roland desfavorecido

Toca com os últimos suspiros

Tentando cumprir o serviço

Carlos o escuta

Há sim uma luta

Esta seria bruta?

Roland guarda destemido

Será socorrido

Pois agora as tropas regressão

Essa legião

Esta em outra missão

Resgatar Roland com vida

Prometemos não haver despedida

O viajante traidor

Agora visto com horror

Francos injuriados e acelerados

Agora correm contra o tempo estão perturbados

Apressam-se em responder o olifante

Mas Roland está distante

É chocante ver os viajantes

Lamentando, chorando e rezando.

Pedindo à Deus que ampare Roland

Um a um todos cairão

Do pó viemos ao pó retornaremos

Os Francos fortes são

E unidos permanecerão

Os Heróis mortos estão

Querendo ou não

Todos morrerão

O amanhã eles não verão

Há perdas, todos sentirão

Morreram em guerra

Pelo seu rei permanecem à espera

Até Carlos o Magno

Que nas montanhas os aguarda

Sentirá a sua falta

Nobres cavaleiros

Heróis e guerreiros

Que a morte os levou

Até ela com dó ficou.