Às Escuras

Às Escuras

(Soneto)

O carinho do sol já não me basta!

Suas mãos não me afagam como dantes,

Nem me fazem sentir céus deslumbrantes.

Seu calor… para o quente não me arrasta.

Já não sou como os belos diamantes,

Esses que são perfeitos, jovem casta!

Que tornam um olhar entusiasta,

Porque são bastos, lindos e brilhantes.

Vencido estou, sozinho e na distância;

Olhando um tempo áureo de canduras,

Onde sou todo agora inoperância.

Dentro da solitária das agruras,

Vivo sentindo o vão e a redundância,

Porque antes de apagar… vivo às escuras.

André Rodrigues 20/11/2015

Dom Poeta
Enviado por Dom Poeta em 01/12/2015
Código do texto: T5466742
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