Alma Perdida.

Foram tantas as vezes que me vi frente ao espelho

A fitar meus olhos em busca dos seus sempre perdidos

N’alguma distancia, d’um lugar ermo e inalcançável,

A busca do portal envidraçado e o cristal frio da retina

Caminhante, um viajante sem corpo e sem alma,

Por entre as sombras me vou, incontáveis idas...

Neste mundo inconteste que a tua luz causou

Onde a ilusão aponta estar logo ali, você!

Sinto teu perfume de rosa, marulhar de ondas, tua voz

Na realidade, miragem enregelada da ausência. O algoz,

O vilipêndio da alma pelos sentimentos que torturam

No silêncio alquebrado pelas notas da crua elegia

Segue compassado pulsar o coração em nostalgia,

Cercear do tempo que temos e não o sabemos quanto.

Adonis Yehrow
Enviado por Adonis Yehrow em 07/12/2015
Código do texto: T5473062
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