O AMOR
Oh! doce e ardente chama
Que o siso inebria, dilacera
ternamente domina-me esta quimera
Qual bebida etílica inflama
Por ti renuncio a tudo feito Gautama
Audaz, plácido a si mesmo desterra
Asceta, nobre mendigo nesta terra
Com denodo persigo meu Dharma
És tu doce volúpia marginal e insana
Dama da felicidade, prazer e dor
Ápice do frenesi, indômita mundana
Desejo desnudar-te com intenso furor
No seu âmago deleitar de forma sana
Tu musa abstrata, enigmática chamam de amor
10/12/2015