Ai, que saudade...

você fala de flor sobre os arquivos...

pensa em ser (livre, come e bebe) sustos...

consegue escalar pequenos arbustos

que enfeitam de aquário seus peixes vivos...

você ignora a lei total do mérito

e nem sabe a metade do que inventa....

pensa que a vida é só os anos oitenta...

que o futuro se conjuga em pretérito...

você é uma velha e estúpida almofada

sedenta do sofá de pano puído

em que repousa com ácaro e pó...

vejo o quanto a sua vida está rasgada

num circo estranho de aluguel vencido...

você é um casaco, mofo sem brechó.