Ao admira-te através de tuas curvas
Ouvi o som de meu coração calado,
Dizendo: “diga não pr’as idéias turvas,
Preste atenção na deusa ao teu lado.
Serás um tolo se assim continuas,
A ignorar teu belo ser amado,
Não sejas burro, acabe com as turras!
E o carinho por ti tão decantado?
Olhe bem nos olhos da morena,
E diga a ela da paixão eterna.
Diga que a Terra ficará pequena,
Que toda a vida será subalterna.
Mas diga assim, aos olhos da morena,
E não aos seios, às coxas ou à perna”.