Rabisco o papel branco, imaculado;



Rabisco o papel branco, imaculado;
Traço ali marcas do ombro, das costas, cavas...
Marcas mundanas surgem quais aldravas
Abrindo-se de um modo assombrado...

Surge o decote a lápis desenhado
É a minha ferramenta que desbrava,
Que a tesoura corta e, a agulha alinhava,
Formando um vestidinho delicado...

Busco uma ajuda bem mais atual
Mas que já tem quarenta e cinco anos:
Máquina de costura sem igual.

Minhas ferramentas, minhas amigas.
Guardo o papel que virou belo molde...
Vestido passadinho... sem fadiga.
 
MVA
Enviado por MVA em 04/01/2016
Reeditado em 04/01/2016
Código do texto: T5499647
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