Sem querer...

Ansiedade me envolve e revelo nos versos

a inquietude que agita minha alma liberta

na última rima fuga ingrata dedo perverso

sem querer toca na tecla sumiço na certa

Um soneto inspirado na dor e na indignação

se esvai num segundo deixando-me atônita

sem palavras estática sem nenhuma ação

perdidos meus pensamentos igual uma tonta

Momentos preciosos não surge assim à toa

lamentos e promessas de rascunhos futuros

não ficar como um barco sem popa nem proa

Porém hoje me vejo diante da mesma tela

Passando para o recanto direto meus versos

até que me assombre e suma como aquela...