ESCADA DE PEDRA.
Desço as escadas de pedra já polida,
Pelos paços temerosos da desgraça,
Onde passaram os desgostos da vida,
De muita gente que amou nesta praça.
Olho para a torre de pedra já quebrada,
Onde foram feitas mil juras de amor,
Dessas paixões, que deram em nada,
Por testemunha apenas uma singela flor.
Contemplo a janela que um dia foi florida,
Fechada para sempre pela descrença,
De quem nela jurou, amar p`ra toda a vida,
Um amor que nasceu ainda em criança.
Para traz, ficou a saudade e uma partida,
Levou p`ra longe o amor e toda a esperança.
LuVito.