Súplica
Edir Pina de Barros
As águas do riacho vão rolando,
rebeldes, a romper as rasas margens,
a revirar as relvas e ramagens,
roçados do rebaixo reciclando.
No rola-rola roça, quando em quando,
o raio e a roda, que há nessas paragens,
de roto engenho, a remexer paisagens,
que range e range, racha e vai rodando.
Riacho que, atrevido, arrasta tudo,
rebelde em seus rebojos, tão sanhudo
a recompor as roças no arrabalde,
por que tu não reciclas minhas fráguas
e regeneras com rompantes águas
minh’alma, quase morta de saudade?
Brasília, 1°. De Fevereiro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 81
Edir Pina de Barros
As águas do riacho vão rolando,
rebeldes, a romper as rasas margens,
a revirar as relvas e ramagens,
roçados do rebaixo reciclando.
No rola-rola roça, quando em quando,
o raio e a roda, que há nessas paragens,
de roto engenho, a remexer paisagens,
que range e range, racha e vai rodando.
Riacho que, atrevido, arrasta tudo,
rebelde em seus rebojos, tão sanhudo
a recompor as roças no arrabalde,
por que tu não reciclas minhas fráguas
e regeneras com rompantes águas
minh’alma, quase morta de saudade?
Brasília, 1°. De Fevereiro de 2016.
Caixa de Pandora, pg. 81