Paranã
Pérolas do glauco mar
Formam os teus cabelos,
Nereida de marinhos novelos,
Sempre sensível a amar.
Corações apaixonados a retê-los
Em tuas águas a nadar
Este mesmo soneto a cantar,
Dentre tantos outros a escrevê-los.
Tuas madeixas peroladas
Em cada fio traz uma canção
Desse mar de sereias enamoradas.
Sou marinheiro longe do meu cantão,
Ulisses de memórias apagadas,
Fazendo do teu mar o meu rincão.
(Obs.: Paranã é palavra tupi, cujo significado é “mar”.)