Mais um soneto

As nuvens brancas do céu

São como o teu corpo,

Deixam-me deveras absorto

Em pensamentos que correm como livre corcel

Numa praia deserta, o meu seguro porto.

Sou teu Pigmalião usando do meu cinzel,

Para esculpi-la e deposito em tua cabeça um véu

Das brancas nuvens que formam o teu corpo.

Então, eu tenho um anjo só pra mim,

Inteiramente alva e pura,

Trazendo-me amor sem fim.

Amor este que sempre dura,

Fazendo com que enfim,

Dos meus males seja ele a cura.

Binho Laranjeira
Enviado por Binho Laranjeira em 05/02/2016
Código do texto: T5534136
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