Onde andará o amor?
Edir Pina de Barros
E, por falar de amor, não sei por onde
andeja e em qual estrela, em paz, dormita,
em qual constelação, qual luz bendita
aquece o breu do abismo, onde se esconde.
Em qual palmeira, ou mais viçosa, fronde,
fez ninho? E agora não mais canta e grita,
uma canção, harmônica e bonita...
Por onde foi, que nem sequer responde?
Será que está nos cimos dos rochedos?
Nas asas de uma águia? Nos penedos?
No pélago de imenso mar profundo?
Não sei por onde andeja, o amor, na terra,
procuro, espio e vejo horror e guerra,
que tornam triste, muito triste, o mundo.
Edir Pina de Barros
E, por falar de amor, não sei por onde
andeja e em qual estrela, em paz, dormita,
em qual constelação, qual luz bendita
aquece o breu do abismo, onde se esconde.
Em qual palmeira, ou mais viçosa, fronde,
fez ninho? E agora não mais canta e grita,
uma canção, harmônica e bonita...
Por onde foi, que nem sequer responde?
Será que está nos cimos dos rochedos?
Nas asas de uma águia? Nos penedos?
No pélago de imenso mar profundo?
Não sei por onde andeja, o amor, na terra,
procuro, espio e vejo horror e guerra,
que tornam triste, muito triste, o mundo.
Brasília, 10 de fevereiro de 2016
Lira insana, 2016: pg. 46
Lira insana, 2016: pg. 46