Memórias de um Sobrevivente

Não sou o mesmo homem de outrora

Nas sombras vivo a perscrutar o hoje

O medo a incerteza impede que arroje

A solidão dentro de mim cresce, aflora

Súbita felicidade chega com a aurora

Não há tempo suficiente para que viceje

Há nas lembranças algo que me alveje

A vileza do ato não concluso corrobora

Descomunal calabouço me aprisiona

Sem grades, grilhões, fossos abissal

Anonimato eterno não posso vir á tona

A penumbra é meu refúgio colossal

Privado da família tudo desmorona

O elo parental é a espinha dorsal

19/02/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 19/02/2016
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