DISTANTE AINDA

Distante da ternura, em outra plaga,

Suspenso o pranto, no olhar vencido,

Qual cristal que a frouxa luz apaga,

Como a vela, com o vento incontido.

Ainda resta ao coração que afaga

O infeliz amante combalido,

A aspiração de atenuar sua chaga

Com amor, para o tornar querido.

Enquanto a esperança apresentar,

Entre dúvida triste, dolorosa,

Cenário de proporção generosa,

O clarão voltará a cintilar

De maneira cálida e carinhosa,

Em doce relação harmoniosa!

Ambrósio Henrique
Enviado por Ambrósio Henrique em 02/03/2016
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