Penitência

Nunca amei, tampouco fui amado

Por isso, do lirismo raramente falo

Os versos sombrios são meu regalo

Exortam a solidão, meu triste fado

Ignoro o amor nunca fui enamorado

Da arte de amar sou simples vassalo

Insólito, arredio, o amor pouco exalo

Solitário, pueril, da luxúria fui ceifado

Há em mim latente desejo, a lasciva

Que em soturnas noites, vil e abjeta

Remete-me aos sonhos de casanova

Tais sentimentos assombra-me, afeta

Resoluto retorno a minha reles alcova

Para fielmente viver uma vida de asceta.

04/03/2016

ILARIO MOREIRA
Enviado por ILARIO MOREIRA em 04/03/2016
Código do texto: T5562993
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