Saudades Revoltas

Na calmaria de um mar sereno,
Singro revolto em tua ausência.
Rogo aos céus pelo instante pleno,
Abraçando a minha demência.

Ò amor! O coração está pequeno
E minha paixão na indigência.
Não quero a ti como veneno,
E não mereço a penitência.

Pois fui tão puro e tão prudente,
Alimentando minha agonia.
Por que Senhor, esta chama quente,

Fere-me à noite, arde-me ao dia?
O mar se faz calmo e insolente,
E minha saudade em rebeldia...