RECOMEÇO

A arranquei de dentro de mim,

da minha carne e dos meus ossos,

reergui-me dos destroços

e recomecei antes de chegar ao fim.

Espalhei pedaços do meu coração

por toda terra onde andei...

e hoje que regresso onde mais chorei,

no centro do meu eu, que solidão!

Vejo iluzões das cinzas ressurgidas,

sem temer nãos ou despedidas

(foi meu novo eu que aqui me trouxe!),

Porém frágil, uma sombra do escaço,

meu alicerce sólido, de aço,

ao amor exposto, oxidou-se.

José Marcos Pinto
Enviado por José Marcos Pinto em 25/03/2016
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