NÁUFRAGO

Hoje que navego em bravo mar

onde, aos poucos, minha vida degenera,

sobre mim há densas nuvens carregadas

que desabam em tempestades de quimera.

É o que resta a este náufrago perdido,

além da obsoleta nau que me conduz.

Terra firme é só um sonho impossível

já que todos os faróis negam-me a luz.

Não sei se um dia acalmará a tempestade,

se novamente eu verei no céu brilhando

o astro rei que irradia claridade,

acho que nunca conseguirei ancorar...

As nuvens negras continuam ocultando

o brilho certo da minha estrela polar.

José Marcos Pinto
Enviado por José Marcos Pinto em 27/03/2016
Reeditado em 27/03/2016
Código do texto: T5586353
Classificação de conteúdo: seguro