Invejo da noite a fria indiferença

Invejo da noite a fria indiferença

Que nada abala seu sereno instante

Invejo o desapego viajante

Que não mantém no espaço sua presença

Invejo o sol, forte de nascença

Em euforia sempre radiante

Invejo impetuoso vento errante

E da morte invejo a dura sentença

Invejo tudo aquilo que não sente

Assim como eu, dor de gente

Não ter porque sorrir ou porque chorar

E assim não terminar aos pedaços

E em prantos dar o adeus o ultimo abraço

Ver quem amamos partir e nos deixar

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 10/04/2016
Reeditado em 21/04/2018
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