Rachaduras na Alma de um Soneto Estreito

Nas rachaduras da terra seca

o gérmen dormente do sol

que adormeceu no arrebol

no leito do som da rabeca;

cantou com piado a coruja

no realumiar do sertão

prateado no brilho do chão

tendo a noite como lambuja.

Nas rachaduras da minha mão

as marcas profundas da enxada

deixadas pelas minhas labutas

nos anos passados com lutas

com vestígio duma madrugada

que plantei um pé de coração.

Jonas R Sanches
Enviado por Jonas R Sanches em 12/04/2016
Código do texto: T5602621
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