O sol nasce sorrindo, reluzente

O sol nasce sorrindo, reluzente

Hasteia a aurora em resplendor alado

E eu aflito em rumo alquebrado

Acostumado a nunca ser contente

E esta gloria amarela do seu dente

Gargalha deste mundo desgraçado

Ri do infeliz e do angustiado

Em gargalhadas altas de demente

Há muitas depressões, mortal perigo

Sem ter sob essa luz um ombro amigo

E encontra no vão da sombra compaixão

Que loucura é essa luz que se eleva

Intensifica o negrume de minha treva

E a luz que me conforta é a escuridão

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 12/04/2016
Reeditado em 12/04/2016
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