Doce eternidade...

Vivemos dentro da pedra como fósseis

Fósseis como se fossem pé-de-vento...

Querendo ou não: vagos pensamentos

Memória em círculos, cuca ante as seis

Há abismos gerais de pouca profundidade

Donde não cabem rumores para a queda...

Quem não tem asas avoa de paraquedas

Mas, tudo voa rápido na liquidez da idade

Teu passado sem futuro, presente em vão

Vosso império fadado à mesma rotina...

O moinho-mor moendo de grão em grão

Brilhante Rei vai na galera com os anjos

Cobre o castelo com a ilusória cortina...

Ó ironia! nem trapos pra limpar o banjo

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 01/05/2016
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