SONETO DE UMA SAUDADE
Maria de Fatima Delfina de Moraes
Fez-se laço de ternura
sua simples promessa de amor,
dor que a noite não cura,
da saudade que ficou.
Ah, onde andarás amado?
A lágrima tornou-se pranto,
no peito o desencanto,
meu coração dilacerado.
Ah, se outrora soubesse o que hoje sei,
não entregaria minha alma,
com o fervor que a ti dediquei.
Ah, eu teria me resguardado,
e não levaria o sabor amargo
da doçura que eu te dei.