SONETO DO TEMPO
Oh, gris lembrança da juventude
Em sua misteriosa é veloz dança
Baila em seus braços a plenitude
Da vida. Em acelerada perseverança
Oh, pálida saudade que em mim lança
Fascínio pela nostalgia do avelhentado
Quando rogo o retardo como esperança
Não como imaculado... Triste fado!
Oh, chaga de desejo atormentado
Que sangra o passado abortado
Pelas rugas do ensejo marcado
Desdita, sucessiva, rude, lascívia
Movimento retilíneo em única via
No passar do tempo à revelia...
(recompensa, experiência... Sabedoria.)
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11 de maio de 2010, 16'59' – Rio de Janeiro, RJ
Vídeo poético no Canal do YouTube:
https://youtu.be/DqaKRGtKQ6U