SOB O EFEITO DE UM VINHO BARATO
O pranto já faz parte das minhas noites de desgraça,
Não sei quando a luz do sol iluminará meu dia,
Sob o efeito de um medíocre vinho barato
Triste, a chorar, escrevo esta elegia.
Não sei se a luz ou as trevas faz alguma diferença,
Só sei que a vida ou a morte já me faz,
Prefiro mil vezes morrer, que viver assim:
Nas trevas da solidão, sem a luz da paz.
Meu coração de sofrer está cansado,
Sofro mais que um escravo sendo açoitado
Preso ao tronco por cruel corrente fria.
Mas não posso me livrar deste sofrimento,
Pois, meu sinhô é cruel e sanguinolento
E jamais dará minha carta de alforria.