Soneto Do Eclipse

O calor que se afasta

O frio que me consome

Sua presença que, subitamente, some

Tanta dor que já me basta

O céu que se escurece

Tem, em si, uma silhueta

E o tempo, vil ampulheta

Me castiga a cada segundo em que tu me esqueces

Oh, Eclipse! Maldita peste!

Faz com que o Sol suma antes de alcançar o Oeste

Mas deixa sua marca neste breu agreste

Ilude minha alma com tal presença sombria

Uma vaga lembrança da luz que iluminou meu dia

Enquanto me abandona na noite, cada vez mais fria