Solo insólito

Era um solo cheio de pirâmides...

Caveiras penduradas nos pilares

Doutro lado, lamparinas nos lares

Ah, estatueta ao toque de Midas?

Portanto, crânio doutro mundo

Círio sobre a substância secreta

Olhos do polvo na ilha de Creta

Solstício à solta e sujismundos

Deu-se o sorriso aberto do cavalo

Todas trombetas fincadas na utopia

Fosso-negro que se precisa cavá-lo?

Mas, o chão invisível sob os pés

Artérias extirpadas na geografia

Senão, ignaro poeta nos igarapés

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 28/05/2016
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