Aos Cristãos
Tu que de hora em hora se reveste
De ondas, turbulentos sentimentos
Como quem se alimenta de tormentos
E tomba feito folhas do cipreste
E lamentando do mundo o sofrimento
Tu tomas para si em suas vestes
Com o coração orgânico e celeste
Que se comove dos dias cruentos
Oh alma tão cansada e compassiva
Que anela os sentimentos aos de Cristo
Dos duros dias mal serás malvisto
Mas tu guardas no peito chamas viva
Tu em densas sombras o fraco aviva
E eu preso as paixões sequer existo