Esposa de Satã
O espectro de Satã entrevisto me aterra!
A festa de punhais ante a vitima inocente.
A tribo do ódio alvar, intransigente,
Por píncaros e depressões move-nos gerra.
Só conheço a harmonia que do beijo erra
Poesia flava, ígneo lampejo tremente,
A esposa de Satã vem com lábio fremente
Enterrar seu gume que aos anjos dilacera.
Punhal do horror, da bruma obscuridade,
Renascerá em pardais a alegre vontade
De amar ávida em seu fecundo enigma?
Qual discurso arrancará da alma o estigma
Rosa de Sata, flora do mal.fruta maligna,
Beco a degolar toda nossa imensidade!?