SONETO IDÍLICO

Acordar, aguar o jardim, fingir um dia

e, assim, inicia a melancolia e o vazio

o sol a pino, cerrado, o sonho macio

as saudades no tempo em primazia

Sim! O tempo não é sentido, é ébrio

os amores ficaram, são sem analogia

trariam o meu peito, viraram euforia

nas lágrimas algozes do olhar esquio

Tudo é efêmero no triste e na alegria

árido o sentimento e cheio de arrepio

que importa se tem saída ou portaria

E neste movimento de soltura e exílio

a magia do por do sol torna cortesia

nas palavras que cantam o meu idílio.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

05 de julho, 2016 - cerrado goiano

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Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 05/06/2016
Reeditado em 05/06/2024
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