Musa do Coração

Irisantes rosas,cujos rubis preclaros

Abatem em fulgor os cândidos lírios,

O poema de carne e liricos martírios

Dos corações os brados nada avaros

Matizai no esplendor de hinos raros

Para as sacralizar a pomba dos idílios

Para reger o altar de astros e de círios

Ao reverbero dos altos planetas caros.

Musa do coração, fecundai meus brados!

Por ti gemo, ébrio menestrel entre nardos

Da dor humana de um limite atroz.

Rebenta o pranto a harmonia dos cardos

Só meus orgasmos restam solitários,tardos,

E os fatais gemidos de amor não tem voz.