Objeto de teu desejo!

 

Gosto de estudar em teu corpo, a geografia

Minhas mãos deslizar, de teus músculos, na harmonia!

Ser perfeita... imperfeita...total! Quase vadia!

Afogar-me nas águas deste amor, em doce enlevo!

 

Submeter-me, docilmente, aos caprichos do desejo

Morder forte tua boca, depois curá-la com meu beijo!

Como amante, apaixonada, nesta loucura, n’um lampejo

De paixão q’inda me queima, cavalgar-te, eu me atrevo!

 

Gosto desta brincadeira, que comigo reinicias

Tornando-te um macho louco, com u’a voraz abarcia.

Prevalecendo o instinto animal, com que me agracias,

Pois tenho fome e sede deste amor feroz e completo!

 

Fazes com que eu me sinta à mercê desta paixão,

Que é, ao mesmo tempo, meu alimento e tesão.

Alternando sentimentos puros e proibidos, sem razão,

Que faça-me entender a minha volúpia em ser objeto!

 

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