Ouropeis de Golconda

Ao albergue do amor sacrossanto um dia

Foi bater o poeta em seus rutilos diamantes:

Golconda da paixão, desnuda-me triunfantes

Os seios de mel onde arrulha a cotovia.

Oh musa errante do palácio da harmonia

Guarda meu coração entre teus lábios delirantes

Cante a correção marmórea dos instantes

Alabastro a domar a chaga atroz sombria.

Opalas cariciosas, rubis de beijos seletos,

O banquete de esmeraldas dos confessos

Planos de amanhã, fecundos de vida.

Ouropeis roseos de castelos secretos

Vosso corpo ao minerador professo

Na esperança doa amor sem despedida.