A uma Passante

Eu te entrevi os olhos de graça clara

Tu me amarias,cheia de madrugadas,

Bebeda da gloria impar das jornadas

Mas como temor torna a fala avara.

Como um selvagem santo eu te amaria

Pelos desvãos da urnas mais sagradas

No harpejico cântico das apaixonadas

Bocas unidas, nossa alma se encontrara.

Ignea passante,lembras-me a tristonha

Larga derrota da poesia inconha

Murchos os lábios e o olhar aflito.

Que há comigo? Tu te prguntaras;

Eis sigo a sós as procelosas taras

De meu coração,Baudelaire maldito!