Ave! ave-abissal!

Convém-se que o poeta nasce no abismo!

Heróis continuam como agentes secretos

Toda humanidade ingênua está no decreto

Vê-se ao além-pia o pirata fora do batismo

Pelas sete escutamos a sétima trombeta

Há de vir toda clarividência dos esquifes

Lucidez humana, lírios do homem-patife

Embora, jamais ave genérica na meseta

Pássaro ou poeta no Egito, quem saberia?

São tantos mitos mutilados em vãs teorias

Nada de pássaros-de-fogo sobre o cavalo

Eis que, jaz o cisne-negro feito de flandres

Crocito inaudível dos corvos sob os andes

Oh! placebo de palavras aquém do badalo!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 12/06/2016
Reeditado em 12/06/2016
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