Um sorriso em forma de soneto
A ressaca faz companhia.
Exala agonia e perversidade.
A saudade é raio de bom dia.
Fode feito vadia na puberdade.
Apenas amor, era o que existia.
A cama fria, sabe que é verdade.
Nos bares da cidade, bebo poesia.
Vivo minha estadia na insanidade.
Procuro esquecer, com vontade.
Essa puta iniquidade de cada dia.
Minha moradia, é na efemeridade.
Intensidade, era a chama que ardia.
E que hoje alumia a minha ebriedade.
Maldade é não me sorrir mais, como sorria.