SONETO DO CERRADO NO INVERNO

Chegaste, inverno no cerrado árido

Manhãs mais frias, ventos cortantes

As seriemas e seus cantos fascinantes

Noticiam o entardecer não mais cálido

Os pássaros engurujados e suplicantes

Pousam nos galhos tortos e desfolhado

O rubro céu pelo acinzentado é trocado

Do inverno no cerrado e seus instantes

A melancolia toma conta do dia gelado

Noites mais longas e mais pensantes

Oferece pinga pra aquecer o agrado

No fogão de lenha prosas fumegantes

Aquenta a alma e ao inverno versado

Propício aos sentimentos mais amantes

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

14 de junho, 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 14/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
Código do texto: T5667617
Classificação de conteúdo: seguro