REENCONTRO

Se não desfiz o nó da desventura

Que me aprisionou na vil solidão,

Foi porque, lançado na amargura,

Encontrei resposta pra’o coração.

E se a encontrei dentro da clausura,

Desesperançoso na escuridão,

Dei-me por feliz por achar a cura

Que se apresentou em contradição.

Da falsa aparência desse arremedo,

Do engano doce tão bem disfarçado,

Fiz-me prisioneiro logo tão cedo.

Mas no sofrimento de um degredado,

Vertendo-me em lágrimas e com medo

Pude, finalmente, em mim, ser achado.

(EDUARDO MARQUES 13/02/16)

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 15/06/2016
Código do texto: T5668334
Classificação de conteúdo: seguro