Rota em círculos

Rodam as rodas, andam os andarilhos

Crânio em círculos, pirâmide pra parir

Ah, distinto cavaleiro nada por carpir

Quando tua carruagem foge dos trilhos

Nada sei dos outros que eu nunca fui!

De súbito, voo-me feito o passarinho

Arrimo de náuseas, núpcias e ninhos

Atado na asa-delta que sempre evolui

Ó viagem-cósmica! tudo a se corrigir

Quisera, vultos da nau indo às cegas

Pobre alma entre a névoa e o existir!

Sabemos das torres altas, desde então

Homem fadado ao carma que carregas

Sob olhares de Caronte na embarcação

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 18/06/2016
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