ECOS DA SAUDADE (soneto)

Oh! Ilusões acordadas nas madrugadas

Segregadas no meu poetar tão sagrado

Que goteja as saudades de um passado

Entornando na alma quimeras sonhadas

Oh! Lua pujante no tão árido cerrado

Dá-me tua companhia nas derrocadas

Das demências por mim vergastadas

Que redige insônia num tal desagrado

Longe está a luz que fulge as enseadas

Do mar, tão cotidiano, agora tão calado

E nas lembranças a ferro e fogo grifadas

Ah! Se meu fado não fosse condenado

Em tuas noites voltaria para as baladas

Num cometa de um fulgor apaixonado

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 20/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
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