Karranka dos poetas

Dizei-me Poeta, és Rei tão insensato!?

Rei dos candangos e da cocada-preta

Tira versos da fumaça, nada de careta

No occipício toda borra do impensado!

Oras! pensas aqui, todo penso acolá

Desdenha da escadaria rumo ao vazio

Desmonta do cavalo-de-fogo com frio

Nada de asno com rédea-curta. Oxalá!

Todavia, à deriva de si tropeça noutros

Rochedos, donde quebra a máscara...

Máscara que deveras usa como louros

Pacato leitor que lê tudo, nada entende

Ora! o Humano sai com a mesma cara...

Cara que deveras, todo dia és contente!

Gilberto Oliveira
Enviado por Gilberto Oliveira em 21/06/2016
Reeditado em 21/06/2016
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