LUAR DO CERRADO (soneto)

Quando, no cerrado, vem o anoitecer

O seu luar prateia as várzeas quedos

Num silêncio de fúnebres segredos

Numa tal beleza por assim merecer

É o Criador vazando o belo entre os dedos

Enfeitando a noite para não mais esquecer

Ladeando a lua com estrelas a resplandecer

E pondo a prova os nossos sentidos tredos

É tanta intensidade da luz, tátil é o perceber

Que nos faz pequeninos, eternos mancebos

Pasmado, que quase não se pode descrever

A imaginação migra para vários enredos

Numa rutilante e bela experiência no viver

Numa total plenitude e sentimentos ledos...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Junho de 2016 – Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 22/06/2016
Reeditado em 05/11/2019
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