Cerveja fria, amor quente
Sharik Letak

Tento afogar o amor numa cerveja,
Tem fôlego porém, e nada bem.
Eu sei que já perdi esta peleja,
Pois eu conheço a força que ele tem.

Sempre que a vejo o meu peito arqueja,
Mais do eu quero e que me convém.
A razão rejeita, o corpo deseja,
Seu comando dribla e segue além.

A cerveja é fria, o desejo é quente,
Por mais que fuja ele está à frente,
Surdo aos apelos da minha razão.

Razão triste, coração contente,
Aquela que mandar, que ser o regente
Mas quem manda mesmo é o coração.

Manhuaçu(MG), 25 de junho de 2.016, às 23:50.